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Um só fio, com diversos segmentos de contas de vidro, plástico e madeira sobre nylon, permite  a criação de linhas que desenham a superfície de pisos e traçam espaços tridimensionais quando este é instalado entre árvores ou paredes. Um carretel forrado de cetim e veludo verde permite o transporte desse fio.  A variedade de contas produz linhas cujas múltiplas composições possíveis apresentam diversificadas cores, texturas e formas. O projeto registra as pessoas que com ele interagem, recebendo  doações de contas e participações na feitura do fio,  essas sempre medidas pelo tamanho dos segmentos produzidos. O andamento do trabalho, ainda não concluído, é aberto à companhias e agrupamentos, proporcionando espaço para conversas, histórias contadas, contos, contagem de problemas, contações. Ações em conta, contas em ação, as quais brincam com a amplitude do que vem a ser “contar”,   constituindo uma obra cuja ação  envolve contar tanto como partilha de experiência como a contagem numérica.  

 

Os muitos sentidos da palavra conta trazem elementos para se discutir as subjetivações e sujeições implicadas nas contas. Sejam as contas a serem pagas todo mês, as contas pelo que se consome, seja a contagem de pontos envolvida nas avaliações institucionais, seja a contabilidade doméstica e empresarial, o que se contabiliza expressa valores e conta um modo de se viver.

Abaixo, ainda sem edição, o registro da primeira intervenção do fio, ocorrida junto ao evento Arredores da Imagem, a convite do Cristiano Bedin da Costa, no Museu de Arte do Rio Grande do Sul, em 29 de outubro de 2019. 

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